Não escrevi mais nada.
Esqueci como se faz.
Antes tudo era escuro
E só a palavra era capaz
De iluminar os caminhos.
Não a encontro mais,
Em meio a claridade
Deve brincar em paz.
Agora ela não serve
Porque ela distrai o medo
Distrai o vazio, a angústia
E recria o enredo.
Quando chega o amor
Ela se esconde, pequena,
Não aparece como antes
Abandona a cena,
E fica guardada, timida
Esperando o cair do pano
Escondida mas sempre atenta
Só sai agora no “eu te amo.”